Manutenção de Transportadores de Correia: Fazendo o básico

manutenção de transportadores de correia

Este artigo foi desenvolvido por Paulo Godoy

Empresas diferentes tratam seus transportadores de correia de forma única. Não existem normas específicas de como manter seus transportadores operando e o que funciona para uma empresa pode não funcionar para outra. Este artigo é o primeiro de uma série que tratará sobre manutenção de transportadores de correia.

Considero somente dois tipos de transportadores de correia: o que EU domino e o que ME domina. O que quero dizer é: dominar os transportadores de seu parque instalado é o primeiro passo para a sua estabilidade operacional. Transportadores mal manutenidos trazem inúmeras perdas financeiras para a empresa.

Como “dominar” um transportador? Tentarei guiar o leitor em tópicos que entendo serem importantes para garantir a operação contínua de um transportador de correias sem surpresas ou sobressaltos. Para alguns leitores, este artigo será básico demais… para outros, o início de seus estudos.

Passo 1: Documentação

·       O que eu tenho instalado na minha empresa, tenho os desenhos e/ou manuais?

·       A documentação que encontrei é confiável? Está atualizada?

·       As informações estão organizadas e de fácil acesso?

A partir de respostas para as questões anteriores, organize as informações de forma que você tenha minimamente para cada transportador:

1.1  Desenho de fabricação de cada tambor com indicação do revestimento aplicado, com a listagem dos elementos de fixação do eixo no caso, dos rolamentos, buchas e aranhas, dos mancais e vedações, detalhes das pontas de eixo e parafusos de fixação. Deverá constar recomendações de solda, usinagem, torque dos parafusos, volumes de graxa inicial e de relubrificação, como aplicar o revestimento, tipo de graxa e tipo de balanceamento.

1.2  Desenho de aquisição de cada rolo aplicado no transportador, com as dimensões externas e de seu encaixe. Recomendações de balanceamento, pintura, armazenagem e vedações.

1.3  Desenho de fabricação de cada cavalete aplicado no transportador, com detalhes de encaixe de rolos, forma de fixação na estrutura do transportador, tipos de pintura e tratamento de superfícies e peso do item.

1.4  Desenho de fabricação da base de acionamento (uma ou mais, iguais ou não). Deve constar torque de parafusos, tipos e quantidades de elementos de fixação, instrumentos, acabamento superficial e peso do item.

1.5  Desenho de conjunto do acionamento, incluindo a base (item 1.4 já citado), especificação completa do motor elétrico, do redutor e acoplamentos de alta e baixo torque, furações e tolerâncias, tipos de fixação (chaveta, interferência, anel de expansão). Tipo e volume de óleo e/ou graxa aplicados, inclusive relubrificação.

Guia definitivo para realizar uma emenda a frio de correia transportadora

1.6  Listagem com a especificação completa de todos os instrumentos instalados no equipamento. Marcas e modelos, tensões e esquemas de montagem. Referência a endereçamentos lógicos, especificação de cabos, conectores e caixas de junção. Documentação em total atendimento a NR 10.

1.7  Especificação completa da correia, forma de fazer emenda e local da emenda. Detalhes sobre o kit de emenda e demais ferramentas utilizadas.

1.8  Desenho dos chutes de cauda e descarga. Desenho de cada chapa de desgaste que é montada, bem como sua posição de instalação.

1.9  Desenho e listagem dos itens que compõe os raspadores e limpadores instalados.

1.10 Listagem de todos os fornecedores de cada item mencionado anteriormente. Telefones, endereços e prazos de entrega.

Estes documentos podem ser armazenados em softwares específicos, pastas de papel, flash drives ou outros meios. Mas precisam estar organizados e de fácil acesso a todos os envolvidos. Informação só tem valor se é compartilhada!

Estes são apenas o primeiros passos – Estude estes documentos, consulte-os com frequência e os mantenha atualizados. Um menor tempo de manutenção e de restabelecimento do equipamento dependem disto.

Tem muito mais pela frente.

Como sempre é fácil falar, difícil de aplicar.

Compartilhe essa publicação!

Nos siga nas redes sociais

Principais Produtos

Artigos mais populares

Baixe nossos Catálogos

Conheça nosso canal no Youtube

Aplicação de Bandagem Industrial TAPEGLASS - Reparo em vazamento de tubulação PEAD de 6" (realizado em 3 minutos).

Reproduzir vídeo sobre reparo rápido definitivo feito com bandagem industrial tapeglass

Comparativo do desempenho Nord-Lock com vários tipos de arruelas em teste Junker de Vibração.

Reproduzir vídeo sobre gráfico do teste junker em arruelas nord lock