Uma das atividades frequentes na manutenção de transportadores, essencial para garantir o bom funcionamento e evitar falhas no processo produtivo, é a troca de roletes de correia transportadora.
Por ser intervenção de manutenção crítica, ela envolve riscos significativos e requer cuidados específicos. Esse procedimento exige atenção a normas de segurança, técnicas adequadas e utilização de ferramentas específicas, pois envolve componentes tensionados e estruturas de grande porte.
O desafio está em conduzir essa manutenção de forma segura, ergonômica e eficiente, reduzindo riscos à equipe técnica e minimizando o tempo de indisponibilidade do transportador. Métodos inadequados ou improvisados não apenas ampliam o risco de acidentes, como também podem gerar danos adicionais ao equipamento.
Confira orientações práticas sobre como realizar a troca de roletes em correias transportadoras com segurança e eficiência, considerando normas aplicáveis, cuidados de preparação, técnicas de elevação e o papel de equipamentos que contribuem para maior ergonomia e produtividade no processo.
Por que a troca de roletes exige atenção especial?
Os roletes desempenham papel fundamental na sustentação e no deslocamento da correia transportadora. Quando apresentam desgaste ou falhas, podem causar desalinhamentos, aumento de atrito, sobrecarga nos motores e até danos estruturais à correia.
Além das implicações técnicas, esse cenário representa riscos para a equipe de manutenção, uma vez que o trabalho é realizado com componentes sob tensão.
Outro ponto crítico é o impacto econômico. A substituição não planejada de roletes pode levar a paradas de produção e elevação dos custos de manutenção corretiva. Por isso, o processo de troca deve ser tratado como uma atividade estratégica dentro do plano de manutenção da planta.
Segurança em primeiro lugar: normas e cuidados obrigatórios.
Toda intervenção em transportadores de correia deve seguir as diretrizes das normas regulamentadoras, em especial:
- NR-12: que trata da segurança em máquinas e equipamentos, estabelecendo requisitos de proteção e procedimentos de trabalho.
- NR-17: que aborda ergonomia, garantindo condições adequadas de esforço físico e postura durante a manutenção.
Antes de iniciar a troca de roletes, é essencial adotar práticas de bloqueio e sinalização da área, garantindo que não haja movimentação inesperada da correia.
O uso de EPIs específicos — como cintos de segurança, capacetes, óculos, luvas e calçados de proteção — deve ser obrigatório e supervisionado.
Além disso, recomenda-se a utilização de checklists de segurança para validar cada etapa do processo, desde a preparação da área até a finalização do serviço.
Métodos para elevar correias tensionadas
A elevação da correia transportadora é uma etapa necessária para liberar os roletes durante a manutenção. Essa atividade exige planejamento, análise de risco e a escolha de métodos adequados, considerando tanto a segurança dos trabalhadores quanto a integridade da estrutura do transportador.
Métodos manuais tradicionais
Historicamente, muitas equipes utilizam barras de alavanca, macacos hidráulicos ou improvisos estruturais para erguer a correia. Embora sejam alternativas conhecidas, esses métodos apresentam limitações importantes:
- Risco de acidentes por instabilidade ou escorregamento da correia;
- Esforço físico excessivo da equipe, aumentando a probabilidade de lesões musculoesqueléticas;
- Baixa eficiência operacional, já que demandam maior tempo de execução e maior número de profissionais envolvidos.
Métodos mecanizados e ferramentas específicas
Com a evolução das práticas de manutenção, surgiram equipamentos projetados para elevar correias de maneira controlada e segura. Essas soluções oferecem vantagens relevantes:
- Controle de carga compatível com diferentes larguras e tensões de correias;
- Ergonomia e redução de esforço físico, minimizando riscos ocupacionais;
- Agilidade no processo de manutenção, contribuindo para a redução do tempo de parada dos transportadores.
A escolha do método deve considerar fatores como o peso da correia, o espaço disponível para instalação, as condições de acesso e as normas de segurança vigentes.
Em todos os casos, o objetivo principal deve ser preservar a integridade da equipe e do equipamento, evitando improvisos que possam comprometer a operação.
Como reduzir o tempo de parada na troca de roletes?
A troca de roletes impacta diretamente a disponibilidade operacional dos transportadores de correia. Cada minuto de parada pode representar perdas significativas de produção, especialmente em setores como mineração, siderurgia e cimento.
Por isso, adotar práticas que minimizem o tempo de intervenção é fundamental para aumentar a eficiência do processo de manutenção.
Planejamento prévio da atividade
Antes da execução, a equipe deve contar com um plano de manutenção detalhado. Isso inclui:
- Identificação prévia dos roletes a serem substituídos;
- Preparação das ferramentas e dispositivos necessários;
- Definição clara das responsabilidades de cada membro da equipe;
- Avaliação de riscos e definição de procedimentos de emergência.
Disponibilidade de peças e componentes
O tempo de manutenção aumenta consideravelmente quando há ausência de roletes sobressalentes ou quando é necessário improvisar soluções. Ter um estoque mínimo de componentes críticos, aliado a um sistema de gestão de peças de reposição, garante maior agilidade.
Treinamento e capacitação da equipe
Equipes bem treinadas não apenas realizam a atividade de forma mais rápida, como também reduzem a chance de erros que podem gerar retrabalho ou comprometer a segurança. Programas de capacitação contínua em manutenção de transportadores são investimentos que se refletem em maior confiabilidade operacional.
Uso de ferramentas adequadas
A utilização de equipamentos de apoio para elevar a correia, reduzir esforços físicos e agilizar a liberação dos roletes é um dos fatores mais relevantes para a redução do tempo de parada. Essas ferramentas, quando bem aplicadas, permitem que a equipe trabalhe com segurança e maior produtividade.
Dispositivos de elevação de correia
Projetados especificamente para liberar os roletes, esses equipamentos permitem elevar a correia tensionada de maneira controlada. Diferem-se dos métodos improvisados porque oferecem maior estabilidade, capacidade de carga definida e portabilidade, reduzindo esforços físicos da equipe.
Macacos mecânicos e hidráulicos especializados
Essas soluções são indicadas quando é necessário aplicar força de elevação localizada, garantindo controle do movimento e melhor distribuição da carga. Modelos mais recentes incorporam sistemas de redução de esforço e acionamento facilitado, que contribuem para operações mais seguras.
Ferramentas de apoio para manutenção
Além da elevação da correia, existem equipamentos auxiliares que favorecem o processo de troca de roletes, como suportes ajustáveis, dispositivos de fixação temporária e ferramentas elétricas de impacto. O uso combinado desses recursos contribui para uma atividade mais rápida, padronizada e segura.
Critérios para selecionar a solução adequada
A escolha do equipamento deve considerar:
- Capacidade de carga necessária;
- Compatibilidade com a largura e a tensão da correia;
- Condições estruturais do transportador;
- Facilidade de transporte e instalação;
- Atendimento às normas de segurança e ergonomia.
Mais do que comparar modelos, o ponto central é adotar uma solução que reduza riscos e aumente a confiabilidade do processo. Esse cuidado reflete diretamente na produtividade da planta e na preservação da equipe técnica.
Produtividade com segurança na manutenção de correias transportadoras
A substituição de roletes em correias transportadoras é uma atividade que exige planejamento, aplicação de normas de segurança e uso de métodos adequados de elevação.
Nesse contexto, contar com parceiros que ofereçam conhecimento técnico, orientação especializada e soluções adequadas faz diferença para elevar o nível da manutenção industrial.
A JW Engenharia atua justamente nesse ponto: oferece soluções para manutenção de transportadores de correia com foco em segurança, confiabilidade e produtividade.
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