As correias transportadoras são itens essenciais em todas as fases de um processo industrial, desde o momento da produção até o momento do transporte de cargas e quando ocorre a ruptura dessas correias, é necessário repará-las rapidamente por meio da emenda em correia transportadora a frio, para que o processo fabril mantenha-se ativo e produtivo.
Índice do Artigo
- Como funciona a emenda de correia a frio
- Como fazer uma emenda de correia a frio no transportador
- Materiais necessários para fazer a emenda de correia transportadora a frio
Como funciona a emenda de correia a frio:
A emenda se dá pela junção dos pedaços que foram rompidos por meios de processos químicos, aliados a ferramentas especiais, reparando assim as áreas que sofreram com o dano minimizando o tempo de parada dos equipamentos, evitando custos elevados e perda de lucro para empresa.
A causa mais frequente dos problemas com as correias, deve-se à incorreta preparação dos substratos e a seleção inadequada do processo de vulcanização, por isso a empresa deve contratar uma empresa de confiança, que analisará corretamente os problemas da correia e só então a emenda de em correia transportadora a frio.
Veja 5 fatores que você deve analisar antes de fazer uma emenda de correia transportadora
Como fazer uma emenda de correia a frio no transportador
CONCEITO: Unir as pontas de uma ou mais correias, com duas ou mais lonas através de técnicas apropriadas, com vulcanização a frio conforme procedimento abaixo:
- Posicionamento da correia / Fazer Analise Preliminar de Risco.
- Bloqueio da correia.
- Levantar contra peso /Voltar esticador/ desmontagem mecânica para execução da emenda.
- Reposicionar correia e efetuar travamentos
- Cortar correia.
- Esquadrejar ponta da correia a ser emendada:
- Demarcar linha do viés, para emenda á frio ½ da largura da correia.
- Demarcar campo de vulcanização uma vez a largura da correia. Ex: Correia 30” x 03 lonas. Campo de vulcanização 30”.
- Demarcar números de passes na emenda conforme determina o fabricante. (N° de lonas menos 1). Ex: Correia de 03 lonas 3-1=(2) passes de 15”.
- Efetuar cortes nas marcações da emenda e efetuar o escalonamento. Área de carga da correia e área de retorno da correia.
- Efetuar o lixamento das partes escalonadas, carga /retorno.
- Aplicar 1° demão de adesivo na emenda, carga/ retorno.
- Aguardar a secagem mínima de 30 minutos para 1° demão de cola Vipal sobre a emenda.
- Aplicar 2° demão de adesivo na emenda, aguardar ponto de pegajosidade com o dorso dos dedos, colocar taliscas de madeira sobre a emenda.
- Fazer a pré-montagem da emenda e conferir alinhamento.
- Retirar taliscas e efetuar o fechamento da emenda.
- Roletar toda área da emenda, com rolo de ação dupla, mantendo sempre o rolo no ângulo da emenda e do centro para as laterais, roletar também as bordas da emenda.
- Efetuar acabamentos na emenda.
- Aguardar 02 horas de cura para liberação para operação.
- Retirar travas e fazer montagem mecânica no local da emenda.
- Abaixar contra peso ou esticar correia, conferir alinhamento.
- Retirar bloqueio e fazer testes.
- Fazer limpeza geral da área destinando resíduos para locais adequados.
Todos esses procedimentos devem ser feitos com extremo cuidado e zelo, afim de não danificar a emenda quando da vulcanização.
Acabamento nas partes externa da emenda de correia
Depois de executado o fechamento da emenda, com uma escova de aço manual, escovar a superfície próxima ao fechamento, em torno de 50 mm de largura em ambos os lados da correia.
Aplicar uma demão do adesivo em cada um dos lados escovado e deixar secar. Após completa secagem, aplicar uma segunda demão e simultaneamente em uma das faces da borracha de acabamento cortada em tira adequadamente para o acabamento.
Quando a segunda demão da área escovada e a única demão da tira de borracha estiverem levemente pegajosas ao contato do dorso do dedo, aplicar essa tira de borracha na área escovada. Roletar e martelar com martelo de borracha toda essa área acabada.
Principais vantagens da emenda de correia vulcanizada a frio:
- Alto nível de durabilidade e resistência;
- Baixa necessidade de manutenção;
- Excelente custo-benefício.
Materiais necessários para fazer a emenda de correia transportadora a frio
Pode-se citar, como alguns dos materiais utilizados no método de emenda em correia transportadora a frio, os remendos em borracha e os remendos com tela de reforço em formas geométricas, colas de diversos tipos, pastas endurecedoras, fluidos de limpeza e compostos A e B.
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É importante ressaltar que a emenda em correia transportadora a frio é muito mais vantajosa que a compra de uma nova correia, implicando na economia de custos que seriam gastos na compra e no menor tempo de parada do processo fabril.
Grampo para Emenda de Correia Transportadora
Lembrando que o ideal é sempre a contratação de uma empresa de confiança para a avaliação dos problemas que estão afetando a correia transportadora e a execução de seu trabalho.
Selecionamos aqui contribuições importantes de grandes especialistas. Veja o que dizem:
“Todas as colocações acima são relevantes. E o executante precisa de treinamento dos procedimentos e seguir a risca, como utilizar luvas, montar a tenda, fazer uma limpeza geral na periferia da emenda, respeitar os tempos, aplicar a cola sem excesso não deixando ilhas, etc, seguindo também o ponto de orvalho, a emenda será confiável. É muito importante o cliente conhecer o passo a passo, pois a solicitação é fazer sempre no menor tempo e nós sabemos que não é bem assim em função de muitas variáveis. Algumas empresas de vulcanização praticam desrespeitando as normas e os procedimentos, executam as emendas em menor tempo, dão garantias e dizem que sempre fizemos assim e nunca tivemos retrabalhos, eu digo que é mentira.”
(Geraldo Magela Martino)
“O grande vilão da emenda a frio seriam a umidade e a poeira. No norte do Brasil, a vida da correia é reduzida devido à alta umidade.“
(Daniel Tavares)
“Tem vários fatores que influenciam uma emenda de correia transportadora, mas alguns dos principais são: o material que vai ser utilizado, sua validade e o fabricante, pois isso conta muito no processo de emendas.”
(João Caetano)
“Em algumas empresas os próprios mecânicos internos realizam o serviço para reduzir custo.“
(Neuber França)
“Realmente, tive a oportunidade de me desenvolver em preparação e colagem de correias e revestimento de tambores, todas essas atividades eram desenvolvidas na empresa. Mais te digo que pela dificuldade e responsabilidade dessas operações não são todos mecânicos internos que se disponibilizam a realizar. Nesse período que trabalhei na empresa havia um mecânico que realizava e depois eu aprendi a fazer e fui responsável por várias emendas!”
(Wagner Souza Silva)
“Hoje nossa dificuldade é manter preços contra empresas que não seguem regras para reduzir custo e tempo, e concordo 100% com o Sr Elenilson, um bom manual de emenda de borracha, das práticas da emenda, cuidado e cálculo para deixar na medida exata, posição correta para utilização do esticador ou posição do contra-peso, que vem a diferença de fazer uma emenda a frio e executar o trabalho de emenda completo para o bom funcionamento de todo o conjunto.”
(Rogério Quintino)
“1- Sobre empresas que prestam serviços de emenda de correia transportadora: Além da Qualitécnica e Rema, tem mais umas 10 ai no Brasil. Eu que estou somente há 3 Anos e meio no País conheço de Norte a Sul do Brasil Elas estão garantindo o funcionamento de grandes empresa pelo País.
2- Este artigo tem 2 mundos diferentes
O qual eu concordo que todas as emendas têm o seu procedimento! Mas tem muitas coisas por traz do procedimento para garantir um serviço de qualidade e segurança. Como situações meteorológicas, condição do clima, umidade e Pó, em campo.
Outro mundo é a qualidade da borracha: Se não conhecer e não respeitar a chance de parar o transportador do cliente uma segunda vez é grande. Eu pessoalmente Emendei com Neve, Chuva, Calor extremo e muito pó, na Europa e África por 12 Anos.
Nada pior que o pó invisível, o da açúcar então! Nem se fala nos Portos, oleosidade o próprio suor das suas Mãos pode causar uma má garantia dos serviços. O que eu quero dizer que não é só o procedimento que vai garantir a qualidade da emenda a frio, que bem-feita pode ter a mesma garantia de uma a Quente 12 meses, tem muita coisa envolvida que devem ser respeitadas só em campo e no Cliente será tomado a providência adequada.”
(Robson Queiroz)
“Emendas frias não têm muitos segredos para aqueles que os fazem regularmente. Existem três regras básicas que não ficarão bem sem elas.
1- A emenda fria deve ter o mesmo comprimento da largura de banda. Exemplo uma faixa de 1000mm de 4 telas vamos fazer uma emenda de 1000mm com três passos a 330mm.
2 – Respeite o tempo de secagem entre as camadas de cola. Estes são relativos e distintos em seu tempo devido ao tempo. Em clima seco (Verão Espanhol). normalmente é que em 1 hora está completamente seco para aplicar a segunda camada. Em um ambiente úmido você tem que ver o ponto de Rocío que não excede +3oC.
3- Use um rolo de efeito duplo ou um rolo de aperto para finalizar a emenda.Cada caso é então avaliado pelo técnico responsável pela realização do trabalho.”
(Jose Ramon Prieto)
“Primeiramente eu colocaria algumas imagens mostrando a emenda e as suas dimensões (conforme visto nas imagens abaixo). Eu aproveitaria para deixar as seguintes recomendações iniciais, pois essas fazem toda diferença na qualidade e durabilidade da emenda.
1- Em caso de chuva ou presença de umidade / contaminantes, deve-se montar uma proteção (tenda) no local da emenda;
2- Observar e identificar corretamente as coberturas inferiores e superiores antes de passar a correia;
3- Deve-se aguardar as demãos do adesivo secarem totalmente;
4- Nunca usar maçarico para acelerar o processo de secagem do adesivo;
5- Há tabelas para verificação do Ponto de Orvalho onde são cruzados os valores do % de Umidade Relativa do Ar e com a Temperatura Ambiente. O monitoramento é realizado com Higrômetro e Termômetro (item já falado pelo Willian Castro);
6- É fundamental conhecer a massa correta do contra peso;
7- Para se garantir a qualidade e durabilidade da emenda, a correia deve estar limpa e seca;
8- Fazer o posicionamento correto da emenda (observar o sentido de operação da correia);
9- Verificar a data de validade e condições de conservação do adesivo e catalisador antes da realização do serviço;
10- Ao adesivo deve-se misturar o catalisador na proporção determinada pelo fabricante;
11- Durante o escalonamento deve-se ter o máximo de atenção para que não se danifique as lonas.
Seguindo-se essas recomendações acima e é claro executando bem o procedimento, a emenda realizada não será fonte de problemas futuros, exceto se houver diâmetro dos tambores estiverem abaixo do mínimo necessário, a distância de transição não estiver sendo seguida, etc.”
(Rafael Lima)
“São vários fatores que somados definem uma boa emenda, vai desde a seleção da correia correta para transporte específico de um determinado tipo de material, um bom ferramental para a execução serviço, equipe qualificada, limpeza e o asseio durante a execução da emenda, enclausuramento do ambiente onde está sendo executado a emenda, tempo de cura entre uma demão e outra de adesivo e um fator relevante, o roletamento correto de uma emenda a frio, sem contar o tempo de cura para tensionar a correia que muitos não cumprem esse tempo.Mas na verdade são inúmeros passos que se fossemos citar facilmente passariam de 100 páginas, sem contar a particularidade de cada transportador e cada região desse nosso Brasil.”
(Elenilson Lucas da Silva)
“Emenda a frio no meu ponto de vista é uma emenda bem simples porém tem alguns parâmetros a ser seguido, tipo escalonamento para não ferir a lona, lixamento tem que ser bem feito evitando queimar a borracha do fechamento, tempo da cola tem que ser respeitado, limpeza, ponto de orvalho, como nosso amigo Willian castro mencionou, quando fechar, forma de usar o rolo de ação dupla, lembrando que sempre usar do meio para o fechamento, sendo que a primeira passada seja bem de leve, para retirar o ar que está preso.”
(Fabiano Campos)
“Acrescentaria a informação do ponto de orvalho, que é a temperatura na qual o vapor de água que está em suspensão no ar começa a se condensar. Este parâmetro é muito importante para fazer uma emenda à frio. Inclusive existe uma tabela para determinar o ponto de orvalho que relaciona a temperatura com a umidade relativa do ar.
A recomendação é que a superfície da emenda esteja a uma temperatura superior de 3 graus celsius em relação ao ponto de orvalho. Por exemplo: se a temperatura do ponto de orvalho este em 14C, a superfície da emenda deverá ter no mínimo 17C para evitar a condensação e prejudicar a união da emenda.“
(Willian Castro)
“Emendas técnicas”. Emendas descolam pela somatória de falta de pequenos detalhes, que quando somados são resultados das frequentes paradas e enormes mobilizações para retrabalhos.
(Alvaro Vinicius)
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