As correias em V são utilizadas por motores que necessitam girar mais de duas polias (às vezes quatro), são construídas com material mais resistente devido o maior esforço. Trabalham com rotações entre 1000 e 7000 rpm.
As correias em V são utilizadas somente em transmissões em árvores paralelas, são correias em que a cada volta de operação, os cordonéis estão sujeitos a diferentes cargas trativas como flexão cíclica que é função do diâmetro da polia e uma constante componente da força centrifuga. Tais forças cíclicas em média não são nulas, sugerindo assim que a falha por fadiga tem grande probabilidade de ser uma falha para correias em V.
Trabalhamos com as correias em V Megadyne:
Neste arquivo consegue baixar os modelos e Tipos de correias em “V”.
As correias em V, também conhecidas como correias de transmissão ou correia trapezoidal conciliam dois importantes aspectos: alto desempenho e redução de ruído, benefícios proporcionados por seu funcionamento que acontece por meio do contato de suas laterais junto às polias que, além de girar, também ajudam a mantê-las tensionadas.
Neste artigo você tudo sobre Correias em “V”.
Correia em V é um componente que existe há mais de 100 anos (já que ela foi criada em 1917, por John Gates, da Gates Rubber Company) tornando-se, desde então, um produto de enorme importância no sistema de transmissão de potência por sua função de transmitir força e movimento a partir do contato com as superfícies laterais de duas ou mais polias.
Assim, as correias em V são utilizadas apenas em transmissões em árvores paralelas, pois são correias que a cada volta de operação, os cordonéis estão sujeitos a diferentes cargas trativas e flexões periódicas que acontecem a partir da rotação das polias e a força centrífuga. E por atuar a partir de ciclos, as forças médias não são nulas, sugerindo dessa forma, que eventuais falhas em um equipamento possam estar relacionadas a deterioração ou fadiga das correias em V.
E por isso é sempre muito importante, na hora de comprar, escolher por correias que ofereçam qualidade e segurança.
***Acesse nosso artigo e saiba como medir uma correia em V***
Portanto, para realizar o tensionamento de uma correia em V, devemos avaliar os seguintes aspectos:
Além disso, lembramos que o comprimento do vão, também chamado de “t”, é igual à distância entre os centros dos eixos das polias, como pode ser visto na figura abaixo:
O tensionamento de correias é realizado de 2 formas, e exige a verificação dos seguintes parâmetros:
Na prática, para verificar se uma correia está corretamente tensionada, basta empurrá-la com o polegar de modo que ela se flexione aproximadamente entre 10 mm e 20 mm.
Os principais componentes das correias em V são:
Veja abaixo o exemplo de correia em V (Megadyne):
Saiba curiosidades sobre as correias sincronizadas.
Para o cálculo, utiliza-se com frequência o fator de cordonel lateral, similar ao fator de concentração de tensões para calcular as tensões dos cordonéis laterais em função da tensão media dos cordonéis. Assim, a tensão média dos cordonéis pode ser calculável para qualquer seção da correia. A fadiga de correias em V é uma função de tensões cíclicas máximas e mínimas experimentadas pela correia durante o carregamento com média não nula dos cordonéis. E a equação de deslizamento é dada por:
Onde:
Tte = tração real no cordonel lateral do lado tenso da correia – Tt
Ac = área nominal de cada cordonel
Tfe = tração real no cordonel lateral do lado frouxo da correia – Tf
Tbe = tração no cordonel lateral devida à flexão
Tce = tração no cordonel lateral devida à força centrífuga
As correias originalmente eram fabricadas com cordões de altíssima qualidade de fibra de algodão como cordonéis, sendo os cordonéis embutidos em matrizes de borracha comum para reduzir flexibilidade e aumentar o coeficiente de atrito na superfície da correia e também para aumentar a transferência de torque e potência.
Com o desenvolvimento de correias com mais capacidade e confiabilidade durante e depois da Segunda Guerra Mundial, foram desenvolvidos novos materiais para cordonéis com maior resistência e rigidez a borracha natural então foi substituída pela borracha sintética na fabricação de correias.
Em suma, os cordonéis de alta performance comumente são feitos de tiras de poliamida ou cordonéis de poliéster (para correias planas); Cordonéis de poliéster ou cordonéis aramida (para correias em V); Cordões de fibra de vidro ou de aço (para correias dentadas); E fibras de poliéster, fibra de vidro ou aramida (para correias em V convencionais ou de grande capacidade).
Além disso, a matriz para todos os tipos de correia é tipicamente a borracha sintética, frequentemente o Neoprene, para aumentar a resistência ao óleo, calor e ozônio.
Por fim, o material de revestimento da correia é normalmente de tecido de algodão ou de náilon impregnado com borracha. A grande maioria das correias utilizadas em máquinas industriais são constituídas de borracha revestida de lona. Essas correias apresentam cordonéis vulcanizados em seu interior para conseguir suportar as forças de tração sintética.
Veja o exemplo da composição de uma correia em V:
Saiba como fazer o dimensionamento da transmissão por correia em “V”
Primordialmente, a colocação das correias estão vinculadas a uma polia fixa a uma móvel, de modo que a polia móvel deve ser recuada aproximando-se, porém, da polia fixa. E com esse procedimento diminui-se consideravelmente, os perigos de danos a correia.
Além disso, não é recomendado fazer colocação de correia forçando-a contra a lateral da polia ou de modo a usar qualquer tipo de ferramenta que a encaixe forçadamente nos canais da polia, pois esses procedimentos podem causar o rompimento das lonas e cordonéis das correias.
Por fim, após montar as correias nos respectivos canais das polias e, antes de tensioná-las, é preciso girá-las manualmente para que seus lados frouxos fiquem sempre para cima ou para baixo, pois se estiverem em lados opostos, o tensionamento posterior não será uniforme.
Podemos relacionar abaixo os principais tipos de correias:
As correias em V dentadas são parecidas com as correias em V comuns. A diferença é os entalhes em sua superfície interna que se alinham perpendicularmente ao seu comprimento. Desse modo, acabam lembrando as correias sincronizadoras.
Os entalhes permitem que a correia em V dentada se dobre e flexione com mais facilidade, permitindo assim maior liberdade na disposição das polias utilizadas em transmissões com essas correias. Facilitam também a dissipação de calor, o que aumenta a vida útil desse tipo de correia em relação à correia em V comum.
Este perfil remonta aos padrões iniciais utilizados na indústria. As correias em V fabricadas com este perfil vêm em vários tamanhos (A, B, C, D, E) e comprimentos, que são mostrados em detalhes na figura abaixo (dimensões em polegadas).
O formato do código da correia é o tamanho de sua seção transversal, seguido pelo seu comprimento interno em polegadas. As correias trapezoidais clássicas cobrem uma faixa de carga de menos de 1 HP a 500 HP.
A correia em V de perfil estreito (3V, 5V, 8V) têm paredes laterais mais acentuadas do que as correias em V clássicas, como mostra a figura abaixo.
Este formato proporciona maior ação de cunha devido a uma maior superfície de contato entre a correia e a polia. Isso faz com que a correia em V com perfil estreito tenha maior capacidade de transmissão de carga, que chega a ser até 3 vezes mais que a das correias em V clássicas.
O perfil de correia em V de potência fracionada é usado em sistemas leves, de menos de 1 HP de potência, como cortadores de grama e outras máquinas de uso domiciliar.
Essas correias são identificadas com os prefixo 2L, 3L, 4L ou 5L, e seus perfis são mostrados na figura abaixo:
As correias em V de potência fracionada nunca deve substituir correias de serviço padrão, pois elas não conseguem lidar com potências superiores.
A correia em V de dupla face, mostrada na figura a seguir, tem a capacidade de dobrar reversamente. Elas são usadas em aplicações onde ambos os lados da correia precisam ser utilizados.
Alguns exemplos de aplicações dessas correias é em sistemas de transmissão de colheitadeiras e outras máquinas utilizadas na agroindústria.
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Uma das principais dificuldades para identificação de uma correia já desgastada é a falta marcações que são apagadas por consequência da ação do tempo. Então, por esse motivo, medir uma correia em “V” se torna uma tarefa um pouco mais trabalhosa.
Contudo, apesar desse empecilho, fazer a especificação de uma correia em V não é um bicho de sete cabeças. Para que você possa especificar, identificar ou medir uma correia em V é preciso seguir os seguintes passos:
Veja abaixo um exemplo prático:
No exemplo podemos verificar que:
A correia em “V” perfil A tem altura de 8mm e largura 13mm.
A correia em “V” perfil B tem altura de 11mm e largura 17mm.
Já uma correia 8V-1900 tem o perfil 8V, com largura 25mm, altura 23mm e circunferência (comprimento) de 4830mm.
Para saber o tamanho de uma correia é interessante conhecer a estrutura da correia industrial e os tipos de correias industriais, tendo também conhecimento de todas as suas condições e operações de trabalho.
A partir disso, é preciso medir o diâmetro das polias e a distância entre os centros de seus respectivos eixos. Após, o ideal é realizar um desenho que exemplifica a estrutura, como o exemplo a seguir:
Para identificar o comprimento da correia, é necessário calcular o perímetro da figura desenhada. O raciocínio consiste em considerar toda área de contato da correia com a polia, considerando também ambas as semicircunferências (pois apenas metade da polia está com contato com a correia).
Assim, o comprimento será o perímetro da circunferência (duas semicircunferências é o mesmo que uma circunferência completa). Mas também não podemos esquecer de acrescentar o valor relativo aos segmentos de reta existente entre os centros dos eixos das polias.
Explicando, matematicamente, temos o comprimento L, a seguir:
L =π . d+2 . c
Sendo que:
L – Comprimento total da correia;
d – diâmetro da circunferência;
c – distância entre os centros dos eixos
Inspeção de Correias em V
Tão ou mais importante que fazer uso das correias em V é certamente, também, fazer sua inspeção, pois executando as manutenções necessárias se torna possível otimizar sua vida útil e eficiência, como aponta Marcelo Leone, especialista na área.
Por meio do linkedin, Leone aponta ter uma frase que utiliza frequentemente como se fosse um mantra, sendo ela; “Correia de transmissão em V é peça de reposição, não é material descartável”.
Ele destaca fazer uso da expressão como forma de alerta para profissionais que trabalham diretamente com correias em V: “Essa frase é quase um mantra para mim, e sempre gosto de compartilhar com meus colegas de campo. Para explicá-la melhor, quero compartilhar com vocês uma situação hipotética, mas que você já deve ter visto ou vivenciado algo parecido”, revela.
“O mecânico efetua a troca de duas correias B 53, que apresentam um custo irrisório se comparado ao custo de uma correia transportadora, de um pneu de caminhão fora de estrada ou de um rolamento do britador primário”
E nessa mesma semana “o mecânico retorna ao almoxarifado e retira mais duas correias para aplicar no mesmo equipamento. Talvez essa ocorrência passe despercebida devido à correria do dia a dia. Mas qual o motivo real da troca? Por que a correia arrebentou? Foi a qualidade da correia? ”, questiona.
“Uma das causas pode ser a qualidade inferior da correia, mas vários outros fatores podem ter causado esse problema. Por esse motivo, lembre-se: correia não é material descartável para ficar arrebentando todo dia ou toda semana! ”, alerta o profissional.
Na sequência, Marcelo destaca pontos importantes à serem verificados na pós-instalação de correias em V, os quais realizados ajudam a evitar o descarte e desperdício do item:
“Foram cumpridas as etapas de tensionamento pós instalação? É de fundamental importância a prática do tensionamento que sempre orientamos a ser realizada da seguinte forma: Faça o primeiro aperto depois 24 horas a partir da instalação”. Já o “segundo aperto deve ser feito com 48 horas de funcionamento do sistema”. E por último, o “terceiro aperto precisa ser realizado após 96 horas de funcionamento do sistema”, detalha.
“Estas primeiras horas de operação da correia são cruciais, pois nesse período está ocorrendo a acomodação das fibras internas responsáveis pela resistência à tração da correia”, finaliza Marcelo.
Primeiramente, para a definição se a correia será em V ou sincronizadora, deve-se atentar majoritariamente à sua aplicação. No caso de sincronismo de uma máquina, como impressoras, caixas eletrônicos, entre outros, a correia deve ser sincronizadora para garantir a funcionalidade plena a qual aquele dispositivo foi criado.
Outro fator importante sobre este tipo de correia é sua capacidade de absorver grandes cargas de choque, gerando escorregamento no momento do impacto e, muitas vezes, evita a ruptura da peça. Portanto, é uma ótima opção, de fácil acesso e instalação, desde que não seja exigido o sincronismo do acionamento, pois esta é uma função das correias sincronizadoras.
Para selecionar a polia em V correta para sua correia em V, é necessário:
Obs.: A correia não deve tocar o fundo da ranhura da polia em V. Também não se deve ter mais do que um terço da altura da correia para fora da polia.
A seleção da correia envolve diversos fatores como potência, rotação dos motores e os tipos de equipamentos movidos.
Para começar, você precisa dos seguintes dados:
Passo 1: Selecionar o fator de serviço (Fs)
Sabendo o tipo de equipamento e seu tempo de serviço, você encontra o Fs na tabela abaixo:
Utilizaremos como exemplo um fator de serviço é 1,4.
Passo 2: Calcular a potência de projeto (Pp)
Para isso basta multiplicar a potência do motor pelo fator de serviço:
Pm x Fs = 63 kW
Passo 3: Selecionar o perfil da correia em V
Selecione o perfil a partir da potência de projeto e da rotação do motor, como mostra a figura abaixo:
Neste caso, se o projeto demandar um perfil de correia em V clássico, deve-se escolher o tipo C.
Os maiores fabricantes de correias industriais são:
Os principais tipos de correias de transmissão são as correias em “V” ( vale a pena conhecê-las ) e correia sincronizadas, e que são divididos da seguinte forma.
Confira e baixe nosso catálogo de correias em “V”:
Lisas Envelopadas: Oleostatic Gold, Oleostatic, Extra, Esaflex, XDV2
Dentadas: Linea Gold, Linea X, Varisect
Conjugadas/Power band: Rubber Pluriband, Torque team
Em elos (Acculink): Acculink
Correias Frisadas: Correias Poly-V em Borracha, Megarib
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